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A Polícia Federal ouve nesta terça-feira, 19, em Brasília, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cid deve ser questionado sobre os dados deletados de dispositivos eletrônicos apreendidos pela PF.
O militar foi preso, em maio do ano passado, no inquérito que investiga a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde.
Além disso, ele é investigado pelo esquema de venda de joias entregues ao ex-presidente por autoridades estrangeiras; e ainda pela tentativa de golpe de Estado de membros do alto escalão do governo Bolsonaro.
Após a prisão, ele fechou acordo de delação premiada com a PF e foi solto quatro meses depois, em setembro, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Mas, após vazamentos de áudios, Mauro Cid voltou a ser preso, em março deste ano.
Nas mensagens, o militar critica o ministro Alexandre de Moraes e afirma que foi pressionado pela PF a delatar episódios dos quais não tinha conhecimento ou “o que não aconteceram”.
Em maio, após audiência no STF, Moraes concedeu liberdade provisória ao ex-ajudante de ordens.
No entanto, se a Polícia Federal entender que Cid não cumpriu o acordo, ele poderá ser alvo de um pedido de rescisão da colaboração.
A medida não anularia a delação, mas cancelaria os benefícios, como o de permanecer em liberdade.
Para a Agência Brasil, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, disse que não há “nenhuma preocupação” da defesa de que o acordo de delação de Cid seja reavaliado.
*Com informações da Agência Brasil